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Sedam prioriza qualidade da água em Rondônia e alerta contra uso abusivo e destruição de mananciais

25 de março de 2020 | Sedam_codef

Laboratório da Sedam analisa semanalmente amostras de água dos municípios rondonienses

No segundo semestre de 2019, irrigação, uso industrial, piscicultura, consumo humano, criação animal e geração de energia constituíam os principais usos da água em Rondônia, e assim permanece. No entanto, o desaparecimento de mananciais e o descuido com nascentes entraram na pauta deste ano da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

“Devemos combater a ideia de que os recursos hídricos na Amazônia são infinitos; com a poluição, o mau uso e degradação do ambiente natural já identificamos no estado conflitos e escassez de água no período de estiagem amazônica”, disse a coordenadora de recursos hídricos da Sedam, Daniely Sant’Anna.

“Cuidar é sempre a melhor prevenção”, ela alertou, lembrando o Dia Mundial da Água, celebrado no domingo, (22).

“A água é um bem de todos, não podemos considerar que alguém seja dono dela e é assim que a responsabilidade de cuidar deve ser compartilhada entre população, empresas, indústrias, poder público, dentre outros agentes”, assinalou a coordenadora.

Em 2019, segundo a Coordenadoria de Recursos Hídricos, a maior demanda de pedidos de outorga e de captação de água no estado, nas modalidades superficial e subterrânea, ocorreram em Porto Velho,  São Miguel do Guaporé,  Cacoal, Alvorada d’Oeste, e Nova Brasilândia d’Oeste.

“É importante ressaltar o cuidado diário com os recursos hídricos, desde a utilização racional da água em casa até a proteção das matas ciliares. Para que este bem precioso não venha faltar, é necessário que haja mudança de pensamento e de comportamento, pois tanto a quantidade como a qualidade da água são diretamente atingidos pelos nossos hábitos”, alertou a coordenadora.

Assim, o fechamento da torneira no ambiente urbano é tão essencial quanto os cuidados com a proteção das nascentes de água, das áreas de matas das bordas dos corpos hídricos, e o monitoramento da qualidade.

ENGAJAMENTO DOS MUNICÍPIOS

A Sedam vem recomendado permanentemente cuidados em reservatórios e tanques de piscicultura; lançamentos de efluentes em rios e igarapés; o uso de defensivos agrícolas que são facilmente carregados pela água; e adequação dos projetos e estruturas dos processos produtivos para aperfeiçoar a utilização de água.

A coordenadora explicou que as políticas constantes no Plano Estadual de Resíduos Sólidos aguardam apenas aprovação do Comitê Diretor, e servirá como base para que os municípios, que são os responsáveis pela problemática de seus resíduos, criem seus próprios planos municipais.

O Plano busca identificar a realidade das bacias hidrográficas, respeitando as peculiaridades de cada uma, para facilitar a elaboração dos Planos de Bacias Hidrográficas no estado e promover o uso racional da água, a proteção da biodiversidade local, a melhor forma de gestão e a segurança de seus usos múltiplos.

LABORATÓRIO DE MONITORAMENTO E ANÁLISE

Às prefeituras e demais interessados, o Laboratório de Água da Sedam prossegue fazendo análises fisioquímica e bacteriológica de água, ao custo de R$ 130,42; e análise bioquímica de oxigênio e óleos e graxas, por R$ 65,21.

O laboratório recebia até o final do ano a média de 35 a 40 pedidos semanais, totalizando aproximadamente 70 análises de amostras d’água e efluentes industriais por mês.

Esse número refluiu no atual período, porém, deve retornar ao normal, após o atual período de preocupação dos municípios com a disseminação do novo coronavírus. É o que prevê a chefe da Divisão de Monitoramento da Qualidade da Água, Ester Alves.

A leitura das análises, realizada pela equipe do laboratório, é passada ao computador. A classificação é feita conforme o enquadramento das águas na Resolução Conama 357 (dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, estabelecendo também condições e padrões de lançamento de efluentes).

Além dos recursos da Sedam, o laboratório conta diretamente com o apoio do Programa Qualiágua, assinado quatro anos atrás, entre a Sedam e a Agência Nacional de Água (ANA), para estimular a divulgação da qualidade da água em todas as regiões do País.

Segundo Ester Alves, o programa contribui para a gestão sistemática dos recursos hídricos; estimula a padronização dos critérios e métodos de monitoramento da qualidade da água; contribui para o fortalecimento e estruturação dos órgãos estaduais gestores dos recursos hídricos e meio ambiente; e promove o funcionamento da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas (RNQA).

Entre as recomendações: não use garrafa pet e utilize frascos adequados. A amostra precisa chegar refrigerada ao laboratório, antes de 24 horas da coleta, preferencialmente em caixa de isopor com bastante gelo.

Iragapé Santa Bárbara em Porto Velho: poluído há três décadas

Pelo programa Qualiágua, a Sedam coleta águas subterrâneas nas sete bacias do estado: Bacia do Guaporé, Bacia do Mamoré, Bacia do Abunã, Bacia do Madeira, Jamari, Bacia do Machado (ou Ji-Paraná) e Bacia do Rio Rooselvelt.

A Agência Nacional de Águas (ANA) forneceu ao estado:

► Sonda de leitura organoléptica
► Sonda multiparamétrica
► Medidor de vazão
► Cromatógrafo de íons, que faz a leitura de vários parâmetros diretamente na amostra de água, sem necessidade de reagentes químicos, ultra purificador de água
►  E, uma camionete.

 

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Frank Néry e Jeferson Mota (Arquivo Sedam)
Secom – Governo de Rondônia

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